Lá no topo da colina
Onde o verde encontra o azul
Tem um castelo enorme
Com o portando apontando para o sul
De cima do telhado
Pisando nas telhas laranjas
A princesa observa atenta
E seu suspiro bagunça sua franja
Cansada das tristezas do mundo
Ela se isolou naquele paraíso
Certa de que qualquer confusão
O Lago daria um aviso
Mas um dia o Lago se esqueceu
Se encantou com o sol que o tocava
Ficou calmo e tranquilo
Enquanto no píer um visitante chegava
Ele sentiu primeiro a pedra
Que logo acabou com sua fantasia
Quem era aquele estranho?
Veio perturbar a harmonia?
Tentou gritar para a princesa
Agitou suas águas em várias bolhas
Mas o rapaz subia a colina
E o Lago já não tinha mais escolha
Ele então juntou todas as suas forças
Mexeu todos os seus lados e cantos
Ferozmente ele seguiu o rapaz
Que se virou com espanto
A princesa sentindo a agitação
Saiu no portão para tentar ver
Aquilo que perturbava a ordem
Que há muito ela deixara a envolver
Chegando do lado de fora ela assustou
Surpresa com o que via em sua frente
O seu Lago, tão amigo e sereno
Perseguindo um rapaz diferente
Ele estava quase alcançando-o
Prestes a acontecer uma tragédia
Ela encheu seus pulmões e gritou
Você acha que isso tudo é uma comédia?
O Lago parou na mesma hora
E o rapaz caiu desacreditado
Por um momento ele pensou
Que aquele era um lago encantado
Ela correu para ver se ele estava bem
E por sorte o rapaz caiu na relva
Porém, quando ela se aproximou
Ele saiu correndo para dentro da selva
A princesa olhou feio para o Lago
Que acanhado voltou para seu lugar
Não podemos fazer isso com visitas
Senão elas nunca mais vão voltar
Mas esse não era o propósito?
Perguntou o Lago em confusão
Ficarmos eu e você sozinhos
Presos nessa bela ilusão
Isso também era o que eu achava
Mas não podemos ficar mais assim
Precisamos devolver o paraíso
Antes ele chegue a um fim
Eles então, juntos, se recordaram
Das adoráveis risadas e dos balões
Que foram privados dessa beleza
Os dois se sentiam vilões
Em um forte ímpeto de mudança
A princesa se levantou depressa
Aquele equilíbrio já não se sustentava
E para o horizonte fez uma promessa
Sem mais avisos ou ataques
Sem isolamento ou portão fechado
O sol brilhou mais forte
E o coração já não estava mais apertado
Um tempo depois lá do alto do telhado ela viu
O Lago transbordando felicidade
E entre os pés animados que passeavam
O aceno tinha uma pitada de cumplicidade
Olá, que história doce e bela.
Quero ler as boutras. Está de parabéns Maíra.
Beijo
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Que bom que gostou ❤ muitas outras ainda estão por vir!
Bem vinda à esse mundo sem magia 😉
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